quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Atividades Físicas ajudam a Saúde Mental dos idosos


É certo que a atividade física traz benefícios para a qualidade de vida, mas pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Fundação Oswaldo Cruz conseguiram mostrar os efeitos dos exercícios na saúde mental dos idosos. Pesquisadores das duas instituições mostraram, em um estudo, o impacto positivo da atividade física em quadros de depressão, doença de Alzheimer e parkinsonismo, distúrbios comuns que acometem os idosos.


O estudo conclui que a atividade física pode ser coadjuvante na prevenção e no tratamento da depressão no idoso, por exemplo. Os resultados foram comprovados por meio de avaliação da atividade cerebral de 20 pacientes que se submeteram a um programa adequado de exercícios. Considerada um dos maiores problemas da saúde pública do mundo, a depressão acomete cerca de 20% da população mundial.

"O exercício é uma forma muito fácil e praticamente sem custo para se resolver problemas que são muito complicados", afirmou Andréa Camaz Deslandes, uma das coordenadoras da pesquisa. Segundo ela, as pessoas que fazem atividades físicas têm menor chance de desenvolver essas enfermidades porque, entre outras respostas favoráveis, apresentam menor declínio cognitivo. Segundo a pesquisadora, no geral, entre os benefícios da atividade física estão: melhora no condicionamento físico; diminuição da perda de massa óssea e muscular; aumento da força, coordenação e equilíbrio; redução da incapacidade funcional, da intensidade dos sintomas de depressão e das doenças físicas; e promoção da melhoria do bem-estar e do humor.

 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fisioterapia e seus benefícios para a terceira idade


Nos últimos anos a expectativa de vida tem aumentado, o que é muito bom. Entretanto, com o aumento dos anos vividos, as pessoas idosas podem apresentar um decréscimo na qualidade de vida, pois em decorrência do envelhecimento ocorrem algumas perdas significativas em relação ao nosso corpo.

Os sentidos como visão, audição, gustação e olfato diminuem; além de sofrermos uma degeneração óssea, muscular e em muitos órgãos internos como coração e pulmão, que fazem parte do processo de envelhecimento. Em decorrência disso, o idoso pode sentir-se menos disposto e enfraquecido com a diminuição da resistência, força e até mesmo a capacidade pulmonar.

Normalmente queixa-se de dor “aqui e ali”, sendo muitas vezes o “termômetro” da família repetindo frases como: “acho que vai chover, está doendo meu joelho”. A dor leva a uma maior imobilização deixando-o mais indisposto e fraco; enfrentando mais dificuldades para realização de suas atividades de vida diária (AVD) como tomar banho, vestir-se, caminhar, realizar alguns trabalhos domésticos, piorando muito a sua qualidade de vida.

A propensão a adquirirem algumas patologias que ocorrem com o passar dos anos aumenta, tais como osteoporose (enfraquecimento dos ossos), artroses (degeneração articular), incontinência urinária, diabetes, hipertensão arterial; o que pode ocasionar problemas de coração e AVC (Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como “derrame”).

A fisioterapia atua tanto na prevenção quanto na recuperação destas patologias através de um programa especializado conforme a individualidade de cada caso, através da fisioterapia motora, respiratória e neurológica.
Em busca da melhoria da qualidade de vida da população na faixa etária da melhor idade, na fisioterapia motora trabalhamos com reforço muscular, alongamento, propriocepção, coordenação e equilíbrio por meio de programas adequados de cinesioterapia (exercícios terapêuticos com utilização ou não de aparelhos), conforme as especificidades de cada pessoa.

O uso adequado de órtese também pode ser um bom recurso que poderá auxiliar no dia a dia de alguns idosos. A órtese mais usada pelos idosos é a bengala e tem como objetivo melhorar o apoio para a locomoção; poupando, muitas vezes, algumas articulações.
Outro recurso que temos na fisioterapia é a eletroterapia que também dispõe de aparelhos e é muito eficiente para tratamento do idoso nos casos de analgesia (diminuição da dor), edema (inchaço), inflamação e até mesmo para reforço muscular.

A reabilitação pulmonar também é muito importante para o idoso que poderá aumentar sua capacidade pulmonar ocasionando um gasto menor de energia para as atividades de vida diária e maior disposição para a realização de atividades. O tratamento pode acontecer no consultório, em casa, ou até mesmo em um parque, o que depende de cada caso e objetivos propostos.

A fisioterapia domiciliar costuma ser muito importante, pois o fisioterapeuta pode observar o ambiente em que o idoso vive e interferir com mais eficácia nas atividades desenvolvidas no cotidiano do idoso, fazendo uso de orientações e até mesmo sugerindo a mudança de alguns objetos na casa, o que chamamos de Ergonomia. Estas adaptações servem para facilitar a vida do idoso e prevenir acidentes (por exemplo: evitando o uso inadequado de tapetes que podem levar ao desequilíbrio, queda e, consequentemente, a uma fratura).

Uma frase que ouço muito no início do tratamento de meus pacientes idosos é: “A cabeça quer, mas o corpo não deixa”. No entanto, conforme a evolução dos atendimentos ele vai superando seus limites físicos, tornando-se mais confiante e seguro e acreditando na sua capacidade física; integrando assim, a saúde mental e física em sua vida, na busca da felicidade.

Portanto, o tratamento fisioterapêutico, quando visto de uma forma global, na maioria dos casos traz melhorias para a qualidade de vida do idoso, levando-o a uma maior independência e interação com o meio social em que vive.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alimentação Saudável na terceira idade

A terceira idade inicia-se em torno dos 65 anos de idade, mas muitos fatores influenciam na velocidade e intensidade do processo de envelhecimento de cada um. Dentre estes podemos citar a alimentação, o meio ambiente, estilo de vida, o hábito de fumar, a alimentação, a prática de atividade física, a depressão, o stress, etc.

A escolha de alimentos e os hábitos alimentares dos idosos são afetados não apenas pela preferência, mas também pelas transformações que acompanham a experiência de envelhecer em nossa sociedade. Se as pessoas vivem sós, com familiares ou em instituições, tudo isso afeta o que elas comem.

Exemplos de mudanças físicas provocadas pelo envelhecimento que afetam a nutrição:

Trato digestório: Os intestinos perdem força muscular, o que resulta em motilidade retardada levando a constipação. Inflamação do estômago, crescimento bacteriano anormal e grande redução do débito de ácido prejudicam a digestão e absorção. As dores podem causar recusa de alimentos ou ingestão reduzida.
 
Composição corporal: Perda de peso e declínio da massa corporal magra levam a necessidades diminuídas de calorias. Pode ser evitável ou reversível com a prática de atividades físicas.
 
Órgãos sensitivos: A diminuição dos sentidos do olfato e paladar podem reduzir o apetite; visão diminuída pode dificultar a compra e a preparação dos alimentos.
 
Hormônios: Por exemplo, o pâncreas secreta menos insulina, e as células tornam- se menos responsivas, causando metabolismo anormal de glicose. É preciso cuidado para desenvolver um caso de diabetes.

O alimento é fundamental para a manutenção de todos os nossos processos vitais. Ele nos fornece a energia necessária para a manutenção destes processos. Uma dieta adequada é aquela que assegura a ingestão equilibrada de todos os nutrientes, ou seja: as proteínas, as gorduras, as vitaminas, os sais minerais, as fibras e também a água.

Todo alimento possui vários nutrientes e estes nutrientes exercem diferentes funções no organismo. Portanto os alimentos são classificados em grupos de acordo com a quantidade de nutrientes que possuem, e a função que exercem.

Então foi feita uma divisão em três tipos de alimentos que são importantes para o nosso corpo. As funções dos alimentos são classificadas em: energética, construtora e reguladora.


Função Energética

Uma das funções dos alimentos é a de fornecer energia que funciona como combustível para exercermos as mais diversas atividades (andar, falar, respirar, para o coração bater, etc.)
Portanto os alimentos que mais fornecem energia são os que possuem quantidades elevadas de carboidratos e gorduras.

Alimentos Energéticos

Fontes de carboidratos: arroz, milho, centeio, pão, macarrão, batata, aveia, cará, inhame, açúcares, doces, mel, geléia, cevada trigo, aveia, etc.
Fontes de gorduras: creme de leite, amêndoas, amendoim, banha, bacon, manteiga, margarina,etc.
Estes alimentos devem ser consumidos moderadamente, devido o seu consumo excessivo estar associado a incidências de obesidade, dislipidemias e hipertensão arterial. É importante ressaltar que a ingestão de alimentos ricos em gordura auxilia na absorção das vitaminas lipossolúveis.


Função Construtora

É a de fornecer “material” para construção e manutenção das diferentes partes do corpo e a reparação dos tecidos que são perdidos com maior freqüência, através de descamações, suor, cicatrizações, dentre outros. Os alimentos que exercem esta função são fontes de proteínas. As proteínas e que são responsáveis pela formação dos anticorpos (protege contra as doenças), e de todos os órgãos do nosso corpo.

Alimentos Construtores:

Fontes de proteínas: ovos, feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico, leite iogurte, coalhada, carne, etc.
O consumo de leite e derivados torna-se ainda mais importante na terceira idade devido os ossos ficarem mais fracos e são de difícil cicatrização.

Função Reguladora

Regular as funções do organismo, ou seja, facilitar a digestão e absorção dos nutrientes,
fortalecer o sistema imunológico, permitir o bom funcionamento intestinal, proteger a visão, pele e dentes.
Os alimentos reguladores são fontes de vitaminas, minerais e fibras.

Alimentos Reguladores
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Fontes de vitaminas, minerais e fibras: pepino, berinjela, abobrinha, chuchu, cenoura, limão, laranja, goiaba, manga, caju, morango, mexerica, almeirão, acelga, brócolis, escarola, mostarda, salsa, couve e cereais integrais.

Dicas para o idoso ter uma alimentação saudável

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Planejar as refeições diárias. Faça um cardápio bem variado;
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Fazer as refeições em local agradável;
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Higienizar sempre as mãos antes das refeições;
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Se possível fazer as refeições em companhia de outras pessoas;
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Não ficar preso às regras de etiqueta;
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Preparar refeições atrativas e saborosas;
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Comer devagar, mastigando bem os alimentos;
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Cortar os alimentos em pedaços pequenos, moer, ralar, desfiar ou alterar sua textura;
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Tomar líquidos devagar, gole por gole;
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Variar alimentos e forma de prepará-los;
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Utilizar com moderação óleos vegetais para preparar as refeições;
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Não cozinhar com gordura animal (banha, toucinho);
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Reduzir o consumo de açúcar e sal. Retirar o saleiro da mesa;
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Incentivar o consumo de frutas e hortaliças. Usar leite e derivados desnatados, pães integrais, arroz integral;
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Comer de 3 em 3 horas;
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Dar preferência à água e sucos naturais. Evitar refrigerante;
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Usar com moderação alimentos ricos em cafeína (café, chocolate, chás,etc.);
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Não substituir refeições por guloseimas e lanches;
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Ingerir diariamente um produto probiótico (leite fermentado, iogurtes,etc.);
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Evitar consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
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Manter o peso dentro dos limites saudáveis e
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Praticar atividade física após orientação com um profissional.

Para garantir o recebimento adequado de todos os nutrientes, é importante ter uma alimentação balanceada e diferenciada!!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Esporte na Terceira Idade



Não é novidade para ninguém que a parcela de idosos tem aumento de forma significativa no Brasil e em vários outros países. O avanço da medicina e os cuidados preventivos, como exercícios e alimentação saudável, fazem com que as pessoas vivam mais e com melhor qualidade. Quem costuma correr em parques ou participar de provas é testemunha do grande número de pessoas acima dos 60 anos e em ótima forma física. Aliás, várias pesquisas já demostraram que os exercícios são benéficos mesmo a indivíduos de 80 anos e sedentários.

Para atender aos interesses e necessidades deste público, alguns profissionais de Educação Física desenvolveram programas de treinos específicos para a terceira idade. Um deles é o professor Eduardo Rodrigues, um colega que há muitos anos orienta com bastante entusiasmo e competência a prática esportiva em grupos de senhores e senhoras. Dudu, como é conhecido no universo dos treinos e corridas, fala na entrevista abaixo sobre as características e as potencialidades dos esportistas acima dos 60. Seu entusiasmo é um incentivo a mais para quem se encontra nessa faixa etária.


Quais as principais diferenças entre a capacidade física de pessoas mais jovens em relação aos mais velhos?

As diferenças são significativas. Por exemplo, a força máxima de homens e mulheres é alcançada entre os 20 e 30 anos, período em que a circunferência dos músculos costuma ser maior. Com o passar dos anos há um declínio na força muscular. Por volta dos 65 anos, a força de preensão manual (ato ou efeito de segurar) em homens é aproximadamente 20 % menor, em comparação aos jovens de 20 anos.

Há cuidados específicos para cada etapa da vida depois dos 50 anos?

Sim, há um ritmo diferenciado de intensidade física em todas as faixas etárias. As funções fisiológicas declinam com a idade e nem sempre no mesmo ritmo. A condução nervosa declina apenas 10 a 15%, aos 80 anos, enquanto o débito cardíaco (volume de sangue por minuto), declina entre 20 a 30% e a capacidade respiratória máxima, aos 80 anos, é cerca de 40% menor, em comparação com indivíduos de 20 anos. As treinos e as exigências físicas não podem ser iguais para todos. É preciso um programa adequado para que o corpo possa estar em atividade e obter resultado positivo para a saúde.

Quais os benefícios principais que a prática esportiva pode trazer para este grupo?

O treinamento físico sistemático facilita a retenção protéica e pode retardar a diminuição da massa muscular e da força. Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford com idosos sedentários, que se submeteram a um programa regular de exercícios, comprovou que a força muscular aumenta progressivamente durante o treinamento. Durante um programa de 12 semanas, homens sadios na faixa de 60 a 72 anos, obtiveram resultados animadores. Por exemplo, o aumento da força muscular, no exercício de flexão de joelhos, foi de 107% e no exercício de extensão dos joelhos, o aumento foi de 227%. Este estudo comprova que um programa regular de exercícios resistidos pode aumentar a massa muscular em idosos. Com o aprimoramento da força muscular os idosos também ficam menos expostos a lesões e acidentes domésticos.


Existem atividades a serem evitadas?

Não existe atividade física proibida, deve-se ter bom senso, e evitar atividades que envolvam risco de vida, ou de lesões musculares e fraturas. A redução da massa muscular está relacionada com a perda de força decorrente da idade. As fibras musculares diminuem de tamanho, em particular as fibras brancas (contração rápida), o que explica a movimentação mais lento, em pessoas idosas. Há com o passar do tempo, um aumento das fibras de contração lenta (fibras róseas e vermelhas) dando mais resistência e menos velocidade. Assim, as atividades físicas devem ser adaptadas às condições de cada indivíduo.

Além da corrida, o idoso deve complementar seu programa de atividade física com quais modalidades?

Alguns indivíduos podem correr e outros não, em função de problemas articulares (artrite, artrose), mecânicos (tipo de pisada ou posição dos joelho, problemas de coluna, perda ou diminuição da visão e também diminuição do equilíbrio). Recomenda-se complementar a corrida com alongamentos, exercícios localizados e musculação. O importante, basicamente, é ser ativo.


Fonte: Veja