segunda-feira, 25 de junho de 2012

Caminhada curta ajuda a melhorar o humor



Um novo estudo mostra que mesmo uma caminhada de 15 minutos pode ajudar idosos saudáveis a se sentirem melhor e com mais energia, resultado que acrescenta mais evidências de que andar faz bem à saúde. Esse dado contraria as afirmações anteriores da psicologia do exercício que diziam que as alterações do humor "ocorriam apenas por meio da prática de exercícios que excedem determinados limites de intensidade e duração," informaram Panteleimon Ekkekakis e Roxane Joens-Matre, ambos da Universidade Estadual de Iowa.

"Na nossa opinião, esses resultados influenciarão a probabilidade de as pessoas aderirem a programas de exercício por longos períodos", disse Ekkekakis à Reuters Health. "Geralmente, as pessoas repetem o que as faz se sentirem bem e evitam atividades que causam sensação ruim." O estudo de Ekkekakis e Joens-Matre incluiu 20 homens e mulheres que completaram questionários antes, durante e ao final de uma caminhada de 15 minutos na esteira, feita em ritmo moderado, ou de um período de 15 minutos de descanso após andar. Em média, os participantes tinham 53 anos de idade.

Após a caminhada, os voluntários informaram se sentir com mais energia e menos cansaço. Eles também apresentaram a tendência de relatar mais sentimentos agradáveis, observaram os pesquisadores. Além disso, após o descanso depois do exercício, os voluntários sentiram-se mais calmos que antes de começar a caminhada. "Com base nos resultados obtidos até o momento, acreditamos ser muito mais provável que um programa de caminhada seja realizado por longos períodos que um programa de exercícios mais vigoroso", disse Ekkekakis.

A caminhada foi a única atividade física a produzir - tanto durante quanto depois do exercício - as alterações positivas observadas nessa pesquisa, informou Ekkekakis. Embora os praticantes de atividades mais intensas possam experimentar alterações positivas após o exercício, nem sempre eles apresentam sentimentos semelhantes durante a realização da atividade, disse o especialista.

"Caminhar não tem custo, é familiar e seguro," acrescentou Ekkekakis. Ao contrário da crença popular que afirma "sem dor, sem ganho, já se mostrou que a caminhada regular a uma velocidade moderada reduz o peso corporal, a incidência de diabete tipo 2 e a pressão sanguínea", explicou o especialista.

"Por isso, muitas pessoas dizem que o equipamento de ginástica mais efetivo é um cachorro", observou Ekkekakis. Os resultados do trabalho foram apresentados no início do mês durante a conferência da Sociedade Norte-Americana de Psicologia do Esporte e da Atividade Física, realizada em Hunt Valley (Maryland).

Fonte: Portal Terra Saúde

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Confira hábitos que favorecem o envelhecimento saudável


O Brasil está mais maduro. De acordo com dados do Censo 2010, levantado pelo IBGE, a população idosa no Brasil aumentou consideravelmente na última década. Em 1999, o número de idosos no país (a partir de 60 anos de idade) era de 14,8 milhões, e em 2009, esse número passou para 21,7 milhões. Em contrapartida, o crescimento da população jovem (até 19 anos) teve seu crescimento interrompido.



A tendência do envelhecimento da população revela dados ainda mais importantes. O relatório aponta que a população de pessoas acima de 70 anos era de 6,4 milhões. Já em 2009, o índice pulou para 9,7 milhões de pessoas. O número de centenários também cresceu. Com cerca de 80% da população já recenseada, as pessoas com mais de 100 anos já somam 17.615 no Censo 2010 diante das 14 mil do Censo 2000. Mas quais seriam os fatores responsáveis pelo aumento do número de idosos e por sua longevidade? Vejam abaixo alguns hábitos que trazem essas respostas. 



Eles se alimentam melhor
Consumir alimentos saudáveis através de uma dieta balanceada pode ser fundamental para viver mais. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer.

Por outro lado, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias.


O Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, comprovou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana, graças a presença do ômega 3. Um estudo da Universidade de Cingapura diz que o consumo diário de chá verde é um poderoso aliado da memória e pode prolongar a expectativa de vida dos idosos.


 Após mais de dois anos estudando os efeitos da bebida, os pesquisadores concluíram que 65% dos idosos habituados a consumir chá-verde mantiveram a capacidade cognitiva inalterada, incluindo memória e atenção. Isso porque, a bebida contém a teanina, um aminoácido com substâncias capazes de combater doenças degenerativas como a Doença de Alzheimer e ainda está relacionada à melhoria da capacidade de aprendizado, concentração e sensações de prazer, pois aumenta a produção de serotonina e dopamina.

Eles movimentam mais o corpo
Um estudo apresentado na Universidade de Estocolmo, na Suécia, revela que em qualquer idade, um homem obeso apresenta o dobro de chances de morrer comparado a um que não apresente sobrepeso. Além disso, os resultados revelam que a obesidade diminui a longevidade em aproximadamente 10% para cada ponto acima do Índice de Massa Corpórea (IMC) recomendado pelos médicos. Praticar exercícios é um dos principais aliados para combater a obesidade.


Além de diminuir o peso, praticar exercícios também ajuda a fortalecer os músculos e articulações, o que melhora o equilíbrio e evita quedas e outros acidentes. Os benefícios dos exercícios são sentidos pelos idosos desde a melhora da saúde até o aumento da capacidade física, cognitiva e da autoestima.


"Os exercícios de flexibilidade e o treinamento de força, como o pilates, são fundamentais para reduzir acidentes e lesões degenerativas do aparelho locomotor. A melhora da força e da massa muscular é também importante na prevenção e tratamento de distúrbios como a osteoporose, obesidade e o diabetes", explica o fisiatra Gilson Shinzato, do Hcor, em São Paulo.


Eles tem boa qualidade do sono
A perda de sono é comum com o passar da idade. Mas uma pesquisa realizada pela Universidade de Surrey, no Reino Unido diz que os idosos podem dormir menos do que os jovens sem prejudicar sua saúde. Os especialistas acompanharam 110 pessoas de diversas idades durante oito horas de sono. Como resultado, pessoas acima de 65 anos chegaram a te cerca de 20 minutos de sono a menos do que pessoas entre 40 a 50 anos. A diferença para os jovens de 20 aos aumentou ainda mais, para 44 minutos. Os cientistas afirmam que a menor necessidade de sono está naturalmente relacionada ao envelhecimento saudável.


Eles tem mais convívio social
Pesquisas revelam que idosos que mantêm vida social ativa apresentam maior qualidade de vida e longevidade. "A convivência social, a flexibilidade e hábitos saudáveis são características principais para a longevidade", explica a geriatra Maysa Cendoroglo, da Unifesp.



Além disso, uma pesquisa recente revela que a solidão é um fator determinante para a baixa qualidade de vida e da

expectativa de vida. De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Brigham Young, nos EUA, cercar-se de amigos, familiares e pessoas queridas pode aumentar a longevidade em até 50% mais do que aqueles que vivem sós. Os dados ainda mostram que quando tomamos conta de alguém que precisa, como um idoso, mantemos os laços sociais vivos, o que também aumenta a sobrevida.

Para os cientistas, a análise dos resultados de cerca de 150 estudos que envolviam mais de 300 mil pessoas foi realizada por um período de sete anos e revela que perder o apoio social pode diminuir as chances de sobrevivência ainda mais do que a obesidade ou o sedentarismo. Além disso, os estudos dizem que a solidão é tão prejudicial quanto ser alcoólatra ou fumar 15 cigarros por dia.


A evolução da medicina já determina a necessidade de olhar para saúde do idoso com um fator preventivo, ou seja, identificar o desequilíbrio, enquanto ainda não é um problema. O engajamento e o suporte familiar pesam muito na longevidade dos velhinhos. "A família deve perceber que o idoso acamado, quieto, muito magro... Não está normal. Este não é o processo aceitável de envelhecimento", explica a geriatra Maysa Cendoroglo, da Unifesp.



Para a especialista o diagnóstico de fatores de risco deve ser privilegiada a fim de evitar o envelhecimento complicado. "O perfil ideal de envelhecimento é o do idoso ativo, bem sucedido profissional e socialmente."

Fonte: Minha Vida